Brasília – Uma operação da Polícia Federal autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) teve como alvo o ex-presidente Jair Bolsonaro nesta sexta-feira. A ação incluiu um mandado de busca e apreensão em sua residência e a imposição de medidas cautelares, como o uso de tornozeleira eletrônica e a proibição de acesso às suas redes sociais.
O episódio gerou uma reação imediata nos Estados Unidos por parte do ex-presidente Donald Trump e de seus aliados. Trump, que já havia ameaçado publicamente a aplicação de uma sobretaxa de 50% em produtos brasileiros, classificou as investigações contra seu aliado político como uma “caça às bruxas”. Políticos próximos ao ex-presidente americano também se manifestaram, descrevendo a operação como um ato de “perseguição política”.
Em resposta às declarações e às ameaças tarifárias, o governo brasileiro se posicionou nacional.O Palácio do Planalto também utilizou seus canais oficiais para reforçar a mensagem de que as questões internas do país são de competência exclusiva das autoridades brasileiras.
No cenário político nacional, o fato aprofundou a polarização. Aliados e apoiadores do ex-presidente Bolsonaro endossaram as críticas de interferência e perseguição política, questionando a legalidade e a proporcionalidade das medidas adotadas pela Justiça. O deputado Eduardo Bolsonaro, por exemplo, levantou suspeitas sobre a integridade das provas que foram apreendidas durante a operação policial.
Por outro lado, membros do atual governo e seus apoiadores defenderam a legalidade da operação como parte de investigações em curso e criticaram o que consideram uma tentativa de interferência de Donald Trump em assuntos internos do Brasil. Há também uma preocupação no setor econômico sobre os possíveis impactos negativos que uma guerra tarifária com os Estados Unidos poderia acarretar para as exportações brasileiras. O desdobramento da situação é acompanhado com atenção tanto no campo diplomático quanto no político.
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